sábado, 27 de fevereiro de 2016
Os 7 líquidos mágicos
Eu nunca acreditei em mágica, muito menos quando se refere a dieta. Magia é o que várias dessas revistas sensacionalistas usam, com dietas da moda, sucos detox para perder 5Kg em uma semana e outras formulas que segundo elas deixaram aquela modelo da capa com aquele corpo.
Mas essas formulas não só engordam o bolso dos editores mais também as pessoas que acreditam nelas e ficam fazendo o efeito sanfona.
Não se enganem, uma vida saudável, exige esforço, dedicação e dinheiro. Comidas saudáveis normalmente são caras e trabalhosas, exercício físico é obrigatório e tempo para meditar e relaxar tem que ser criado.
Por isso quando eu digo que não vivo sem esses 7 líquidos, meus amigos dizem que são mágicos, pois são baratos, fáceis de serem colocados no dia a dia e alguns apesar de trabalhosos podem ser congelados para o mês inteiro.
Vamos a eles:
1- Limonada suíça com sal rosa. Começar o dia com limão prepara o intestino para o dia, o limão apesar de se ácido tem metabolização alcalino e a pitada de sal rosa leva os minerais que seu corpo precisa para começar o dia. Nada de comer banana no café da manhã, seu corpo precisa de sódio para acordar, não potássio. A casca do limão ainda é rica em hesperidina, flavonoide que faz muito bem para seu sistema circulatório.
2- Café com manteiga, óleo de coco e canela. Bulletproof, café turbinado, são vários nomes. A verdade é que eu não vivo mais sem ele. Costumo tomar uns 20 minutos após a limonada e é meu único café da manhã. Já falamos aqui sobre café e como este faz bem. Quando batido no liquidificador com gorduras boas fica incrível, uso canela pois este não pode ser adoçado, nem com adoçante para evitar pico de insulina.
3-Molho para almoço. Todo mundo sabe como especiarias fazem bem, então vamos colocá-las todas juntas e usar em um molho sobre a comida. A base que eu uso é uma parte de vinagre de maça orgânico para 3 de azeite extra virgem. Coloco em um pote de vidro desses de óleo de coco vazio e adiciono um saquinho inteiro de cúrcuma, um pouco de pimenta do reino em pó, um pouco de pimenta fresca, em pedaço de gengibre, uns 3 dentes de alho cru e um pouco de sal rosa. Fica a gosto de cada um, molho com várias propriedades maravilhosas.
4-Bone broth. O caldo de osso em uma tradução livre dá trabalho pra fazer, são 30 horas em panela crock pot ou 3 em panela de pressão, mas pode ser congelados e eu nunca faço para menos de 1 mês. Na internet se encontram várias receitas, o caldo é rico em minerais, condroitina, glucosamina e colágeno. Aqui em casa eu coloco uma colher de sopa no prato no jantar, apesar de a temperatura de geladeira ele ser uma gelatina, em contato com a comida quente ele se derrete e deixa um sabor incrível.
5- Kefir. Eu uso o de água pois sou intolerante a lactose, mas qualquer um dos dois desempenha o excelente papel de repor os microorganismos intestinais. Considerado o melhor probióticos do mundo o Kefir requer cuidados e paciência mas é muito barato.
6- Matcha. Todo mundo sabe que chá verde faz bem. Contém antioxidante e L-teanina, mas o que talvez você não saiba é que quando ele está preservado na forma liofilizada (Matcha) contém muito mais.
7-Suco verde. O último é o famoso suco verde e esse ao contrários dos outros 6 acima eu não uso todos os dias. A base do meu suco verde é gel de Aloe vera e água. Eu faço uso uma semana por mês. Uso vegetais verde escuro variados e romã, a fruta é deliciosa e tem propriedades anti cancerígenas. O cuidado com o suco verde é que vegetais escuros quando crus inibem a absorção de iodo pela tireóide, por isso só uso uma semana por mês. Faço e congelo.
É claro que esses líquidos não são milagrosos, mas é uma forma de se incorporar nutrientes maravilhosos dia a dia, de uma forma prática.
quinta-feira, 14 de janeiro de 2016
Carnes com hormônio
Você deixou de comer carne frango por causa do uso de hormônios e trocou por peixe de cativeiro?
O uso de hormônios na produção de carnes é polêmico. No Brasil, o Ministério da Agricultura não permite sua utilização na produção de animais para abate, sejam eles bovinos, suínos ou frango.
No caso dos frangos, o antibiótico é o principal problema, utilizado em quase toda a produção, tanto com objetivo terapêutico quanto de promover o crescimento, ao diminuir a população de patógenos no intestino das aves e melhorar a absorção de nutrientes. Países como a Dinamarca proibiram o uso de antibióticos em animais com a finalidade de promover o crescimento.
A tilápia tem grande precocidade reprodutiva, o que representa um problema na piscicultura (Neumann et al., 2009). A precocidade reprodutiva causa superpopulação, que, para ser controlada, exige aplicação de alguns métodos, como a masculinização por meio de hormônios esteroides masculinizantes (Popma & Green, 1990), tanto na ração como em banhos de imersão (Gale et al., 1999), para produção de população monossexual. Além disso machos apresentam maior taxa de crescimento (em torno de 30% a mais).
A adição do hormônio 17-α-metiltestosterona (MT) na ração é o método mais utilizado na reversão sexual de tilápias e pode produzir 98% de machos (Mainardes-Pinto et al., 2000) utilizando-se ração suplementada com metiltestosterona (60 mg.kg-1) por um período de 30 dias a partir do início da alimentação exógena das larvas. Banhos de imersão de larvas em solução contendo metiltestosterona para masculinização dos peixes, de acordo com outros autores (Bombardelli et al., 2007; Dias-Koberstein et al., 2007), resulta em populações com até 83% de machos.
Em 1995, foi determinado pelo Codex Alimentarius do Brasil que a testosterona não apresentava problemas para a saúde humana, desde que em doses inferiores a 2 mg.kg-1 (Palermo-Neto, 1998).
Com a alta produção de tilápia, é importante que o consumidor se assegure de que o produto a ser consumido esteja dentro dos padrões de segurança alimentar, sem riscos de efeitos residuais de hormônios esteroides.
No caso dos frangos, o antibiótico é o principal problema, utilizado em quase toda a produção, tanto com objetivo terapêutico quanto de promover o crescimento, ao diminuir a população de patógenos no intestino das aves e melhorar a absorção de nutrientes. Países como a Dinamarca proibiram o uso de antibióticos em animais com a finalidade de promover o crescimento.
As tilápias do Nilo compõem o grupo de peixes que mais cresce em termos de comercialização, especialmente pelo aumento da produção desta espécie na China e outros países em desenvolvimento, como o Brasil (HEMPEL, 2002). Possuem rápido crescimento, boa conversão alimentar e consumo de ração artificial desde a fase larval (MEURER et al., 2000), muito provavelmente devido a todas essas características positivas conseguiram contribuir com mais de 1 milhão de toneladas nas últimas estatísticas pesqueiras mundiais da FAO (2010).
A tilápia tem grande precocidade reprodutiva, o que representa um problema na piscicultura (Neumann et al., 2009). A precocidade reprodutiva causa superpopulação, que, para ser controlada, exige aplicação de alguns métodos, como a masculinização por meio de hormônios esteroides masculinizantes (Popma & Green, 1990), tanto na ração como em banhos de imersão (Gale et al., 1999), para produção de população monossexual. Além disso machos apresentam maior taxa de crescimento (em torno de 30% a mais).
A adição do hormônio 17-α-metiltestosterona (MT) na ração é o método mais utilizado na reversão sexual de tilápias e pode produzir 98% de machos (Mainardes-Pinto et al., 2000) utilizando-se ração suplementada com metiltestosterona (60 mg.kg-1) por um período de 30 dias a partir do início da alimentação exógena das larvas. Banhos de imersão de larvas em solução contendo metiltestosterona para masculinização dos peixes, de acordo com outros autores (Bombardelli et al., 2007; Dias-Koberstein et al., 2007), resulta em populações com até 83% de machos.
Em 1995, foi determinado pelo Codex Alimentarius do Brasil que a testosterona não apresentava problemas para a saúde humana, desde que em doses inferiores a 2 mg.kg-1 (Palermo-Neto, 1998).
Anabolizantes como a testosterona e trembolona muitas vezes usados na produção animal, não são permitidos na Europa, fazendo com que todo produto importado e que apresente resíduos de hormônio seja embargado. Já nos Estados Unidos, é permitido o uso de testosterona e acetato de trembolona em produtos de origem animal.
A 17-α-metiltestosterona (MT) é suspeita por causar câncer em humanos e é conhecido por induzir tumores benignos no fígado (Soe et al., 1992). Entretanto, os resultados das pesquisas não foram suficientes para proibir a utilização deste composto nas pisciculturas do Brasil.
Com a alta produção de tilápia, é importante que o consumidor se assegure de que o produto a ser consumido esteja dentro dos padrões de segurança alimentar, sem riscos de efeitos residuais de hormônios esteroides.
Mas na prática, o produtor lança mão do aumento na quantidade de hormônio utilizada quando não atinge um bom índice de inversão, na tentativa frustrada de aumentar o índice de inversão. Com isso, maior quantidade de resíduos deste hormônio é lançada no ambiente.
Acredita-se que o uso indiscriminado do hormônio provoque um impacto ambiental considerável e que isto possa trazer alguns prejuízos a curto e longo prazos para a saúde do homem e dos animais.
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