segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

Omega 3 como escolher o seu


Os ácidos graxos essenciais (AGE) não são produzidos pelo nosso corpo, devendo ser adquiridos através da dieta. São conhecidos como Ômega 3 (ácido lfa linoleico ALA) e Ômega 6 (ácido linolênico AL). 

AL está presente nos óleos de milho e soja e ALA nos óleos de linhaça e de animais marinhos.
Estes ácidos graxos devem se transformar em substâncias biologicamente mais ativas, com funções especiais no equilíbrio homeostático e em componentes estrutural das membranas celulares do tecido cerebral e nervoso.

A alimentação bem balanceada deve ter uma relação ômega 6/3 inferior a 4:1. 

Os ácidos graxos polinsaturados ômega 3 EPA (eicosapentaenoico C20:5n3) e DHA (docosahexaenoico C22:6n3) são formados a partir do ALA. Acontece que o organismo humano não tem grande capacidade de realizar essa transformação, por isso a ingestão deles prontos na forma de óleo de peixe de águas frias ou óleo de Krill é melhor que a suplementação com óleo de linhaça.

O pescado de origem marinha tem como característica os baixos teores dos ácidos linoléico, mas com elevados teores de ômega 3 quando comparados com os peixes de água doce. A composição, a distribuição e a relação entre os ácidos graxos das séries ômega 6 e ômega 3, nos peixes, sofrem influencias basicamente de três fatores: genéticos (espécies, etapa de desenvolvimento), ambientais (temperatura e salinidade) e, especialmente, nutricionais. Por isso o salmão criado em águas quentes e alimentado com ração possui pouco ômega 3.

A composição dos ácidos graxos dos peixes de água doce é caracterizada por elevada proporção de ômega 6, especialmente os ácidos linoléico e araquidônico e a relação total entre ômega 3/ômega 6 de ácidos graxos é inferior aos dos peixes marinhos variando de 1 até 4, aproximadamente.

O peixe brasileiro com melhor qualidade de ômega 3 é a sardinha. Pereira e colaboradores (2005), na busca de informações sobre a qualidade da sardinha (Sardinella brasiliensis) consumida na cidade de São Paulo-SP, analisaram amostras em diversas condições de conservação concluindo que apenas a sardinha fresca, comercializada na CEAGESP, apresentou condições de consumo adequadas.

Muitos me perguntam como escolho um bom ômega 3. A reposta não é simples, pois existem mitos no mercado e muitos estão oxidados o que não é bom. Para começar eu prefiro óleo de Krill ou de salmão selvagem. 

Existem várias formar de se verificar se o ômega é bom, você pode abril a cápsula e cheirar para ver se tem cheiro ruim (oxidado), pode colocar no congelador (ômega 3 não congela) ou pode fazer como eu, realizar exame um exame de sangue para ver como estão suas taxas.

A capacidade de um indivíduo para absorver e metabolizar os ácidos graxos essenciais, pode variar de pessoa para pessoa, dependendo de um número de fatores. Cada pessoa é única, com diferenças na digestão, absorção, distribuição nos tecidos, e do metabolismo celular. Variações na dieta, peso corporal, e genética também influenciarão níveis em circulação.

Esse exame ajuda a verificar a dosagem e irá determinar se o seu habito nutricional ou suplemento estão a funcionando eficazmente. Para verificar a dose é necessário estar em uso do suplemento por pelo menos 4 semanas.

Em regiões onde o consumo de frutos do mar é relativamente elevada e as taxas de doenças cardiovasculares são relativamente baixos (como o Japão ea Gronelândia ) , as pessoas muitas vezes têm níveis totais de ômega-3 maiores que 15. Um nível saudável de ômega-3 é de 10% ou mais.

Embora os ácidos graxos ômega -6 sejam essenciais para a nossa saúde, ocorre um excesso na dieta da maioria das pessoas. Óleos vegetais tais como milho, soja e alimentos processados ​​ são contém grandes quantidades de ácido linoleico, que é convertido no corpo em ácido araquidônico (AA), promovendo um ambiente pró-inflamatório. Níveis de ômega -6 devem ser inferiores a 38 % de ácidos graxos totais. AA em particular, tem um valor ótimo inferior a 9 %.

A relação AA: EPA fornece um indicador mais específico do equilíbrio entre os ácidos graxos ômega -6 e ômega -3 ácidos em circulação. Quando esta proporção é maior existe um ambiente pró-inflamatório. A proporção ótima de AA: EPA está em torno de 1,7.

Ácido elaídico é a principal gordura trans em óleos vegetais hidrogenados. Os ácidos graxos trans podem ser encontrados em alimentos obtidos a partir de animais ruminantes e em alimentos que contêm gordura vegetal parcialmente hidrogenada, como os "fast food". O consumo dos ácidos graxos trans é maior nos Estados Unidos, no Canadá e em países da Europa e menor no Japão e em países do Mediterrâneo.

Abaixo o exame que eu realizei pelo DASA (Sérgio Franco aqui no Rio). Definitivamente preciso diminuir meus níveis de AA.
http://www.alvaro.com.br/exame/visualizar/indice-omega-3-hematie-omega3

PERFIL ACIDOS GRAXOS - OMEGA RATE  
OMEGA RATE
  Metodo: Cromatografia Gasosa

ACIDOS GRAXOS SATURADOS

MIRISTICO (C14:0) :0,4 %
  Valores de Referencia: 0,13 a 0,67%

PALMITICO (C16:0) :26,4 %
  Valores de Referencia: 2,5 a 32,8%

ESTEARICO (C18:0) :17,9 %
  Valores de Referencia: 17 a 21,45%

ACIDOS GRAXOS TRANS

ELAIDICO (1-C18:In9) :0,13 %
  Valores de Referencia: 0,9 a 1,16%


ACIDOS GRAXOS MONOINSATURADOS

PALMITOLEICO (C16:In7) :0,35 %
  Valores de Referencia: 0,1 a 0,3%

OLEICO (C18:In9) :16,3 %
  Valores de Referencia: 14,7 a 19,8%

ACIDOS GRAXOS DE CADEIA LONGA OMEGA 6

LINOLEICO (C18:2n6) ESSENCIAL :11,8 %
Valores de Referencia: 8,6 a 13,2%

DIHOMO-GAMA LINOLENICO (C20:3n6) :1,1 %
  Valores de Referencia: 0,95 a 2%

ARAQUIDONICO (C20:4n6) :14,1 %
  Valores de Referencia: 10 a 16%

GAMA-LINOLENICO (C18:3n6) :0,09 %
  Valores de Referencia: 0,04 a 0,5%


ACIDOS GRAXOS DE CADEIA LONGA OMEGA 3

ALFA-LINOLENICO (C18:3n3) ESSENCIAL :0,12 %
  Valores de Referencia: 0,04 a 0,16%

EICOSAPENTAENOICO (C20:5n3) :2,4 %
  Valores de Referencia: 0,6 a 2,3%

DOCOSAEXAENOICO (C22:6n3) :7,9 %
  Valores de Referencia: 3,1 a 8,5%

RAZOES

INDICE OMEGA 3 :10,3 %
  Valores de Referencia: Superior a 4%

n6/n3 :2,6
  Valores de Referencia: 2,7 a 6%

ESTEARICO/OLEICO :1,0
  Valores de Referencia: Superior a 1,1


INFLAMACAO, PRECURSORES DE EICOSANOIDE

OMEGA6/OMEGA3 :2,60
  Valores de Referencia: 2,7 a 6

ARAQUIDONICO (C20:4n6) :14,1 %
  Valores de Referencia: 10 a 16%

ARAQUIDONICO/EICOSAPENTAENOICO :5,88
  Valores de Referencia: Inferior a 10

ARAQUIDONICO/DIHOMO-GAMA-LINOLENICO :12,82
  Valores de Referencia: 5,5 a 13,1



FLEXIBILIDADE E PLASTICIDADE DA MEMBRANA

SATURADOS/POLI-INSATURADOS :0,83
  Valores de Referencia: 0,6 a 1

SATURADOS :44,72 %
  Valores de Referencia: 45,5 a 51,4%

PALMITOLEICO (C16:In7) :0,35 %
  Valores de Referencia: 0,1 a 0,3%

1/DOCOSAEXAENOICO :0,13 %
  Valores de Referencia: Inferior a 0,3%


DINAMICA DA INSULINA

LINOLEICO/(ARAQ+DIH-GAMA-LINOLENICO) :0,78
  Valores de Referencia: 0,4 a 0,8

1/DOCOSAEXANOICO :0,13 %
  Valores de Referencia: Inferior a 0,3%



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