Se você nunca ouviu falar em “Nootrópicos”, pode se surpreender ao saber que milhões de pessoas ao redor do mundo usam estes suplementos e milhares de artigos foram publicados sobre o tema. O interesse em nootrópicos está crescendo em lugares como o Vale do Silício – região do norte da Califórnia, nos EUA, considerada a capital mundial da indústria da tecnologia, mas a maioria das pessoas não está familiarizada com o que é um nootrópico.
Pela definição da wikipedia “Nootrópico (do grego νους nous, mente, τρέπειν trepein, dobrar) é o termo usado para descrever uma classe de compostos que supostamente aumentam o desempenho cognitivo no ser humano.”
A definição original para nootrópicos foi criada pelo Dr. Corneliu E. Giurgea que também é o inventor do Piracetam.
Quando Giurgea começou a analisar o Piracetam, ele descobriu algumas propriedades notáveis, diferentes de qualquer outra substância conhecida na época. O Piracetam teve benefícios significativos para o desempenho mental, melhorando a memória e processamento de informação, mas foi também extremamente seguro. A substância não tinha efeitos colaterais negativos associados com estimulantes do Sistema Nervoso Central (como anfetaminas) e possuía propriedades neuroprotetoras que realmente podem melhorar a saúde do cérebro no longo prazo.
Giurgea então formulou as seguintes normas para os suplementos serem considerados nootrópicos.
Eles devem ter 5 características:
Melhorar a aprendizagem e memória.
Ajudar o funcionamento do cérebro em condições adversas, tais como hipóxia (baixa de oxigênio) e eletrochoques.
Proteger o cérebro de danos físicos ou químicos.
Aumentar a vigilância.
Não devem ser tóxicos ou causar dependências.
Nootropicos x estimulantes cognitivos:
A principal característica dos nootrópicos é que eles não só impulsionam as funções cerebrais relacionadas à cognição, mas eles também têm um elemento de proteção à saúde geral do cérebro. Estas substâncias devem ser não tóxicas e com baixo risco de efeitos secundários. Sob a concepção inicial do Giurgea, nootrópicos não são estimulantes.
Isso significa que substâncias como a cafeína ou a nicotina não seriam tecnicamente nootrópicos. Hoje, é comum ver autores descrevendo a cafeína como um tipo de nootrópico, mas reconhecendo que estimulantes como a efedrina, Ritalina e Adderall são bastante diferentes da classe dos nootrópicos.
Um estimulador cognitivo é simplesmente qualquer composto que aumenta o chamado processamento intelectual. Todos os nootrópicos são potencializadores cognitivos, mas nem todos os estimuladores cognitivos são nootrópicos. Drogas inteligentes, tais como Ritalina e Adderall podem ser classificadas como potencializadores cognitivos porque eles podem ajudar a melhorar o desempenho mental. No entanto, devido ao seu risco de efeitos secundários negativos e devido à natureza estimulante dos seus mecanismos de ação, eles não seriam considerados nootrópicos. Esta é uma linha que é frequentemente desfocada, mas continua a ser uma das distinções mais importantes que se faz a família dos nootrópicos.
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